O que é Malária?

O que é a malária?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários do gênero Plasmodium transmitidos pela picada da fêmea infectada do mosquito do gênero Anopheles, também conhecido como mosquito-prego. É uma doença que tem cura e o tratamento é eficaz, simples e gratuito. Entretanto, a doença pode evoluir para suas formas graves se não for diagnosticada e tratada de forma oportuna e adequada. No Brasil, a maioria dos casos de malária concentram-se na região Amazônica.

 

Como ocorre a transmissão da doença?

A malária é transmitida através da picada da fêmea do mosquito do gênero Anopheles infectada por uma ou mais espécies de protozoário do gênero Plasmodium. O mosquito anofelino também é conhecido como carapanã, muriçoca, sovela, mosquito-prego e bicuda. Estes mosquitos são mais abundantes ao entardecer e ao amanhecer.


 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os locais preferenciais escolhidos pelos mosquitos transmissores da malária para colocar seus ovos (criadouros) são coleções de água limpa, sombreada e de baixo fluxo, muito frequentes na Amazônia.

O ciclo se inicia quando o mosquito pica um indivíduo com malária sugando o sangue com parasitos (plasmódios). No mosquito, os plasmódios se desenvolvem e se multiplicam. O ciclo se completa quando estes mosquitos infectados picam um novo indivíduo levando os parasitos de uma pessoa para outra. Desta forma, o ciclo de transmissão envolve: o plasmódio (parasito), o anofelino (mosquito vetor) e o homem.

A transmissão da malária também pode ocorrer em casos mais raros por transfusão sanguínea, uso de seringas contaminadas, acidentes de laboratório e transmissão congênita.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 Quais os sinais e/ou sintomas da malária?

Os sintomas mais comuns da malária são:

  • Febre alta;
  • Calafrios;
  • Tremores;
  • Sudorese;
  • Dor de cabeça,
  • Náuseas/Vômito
  • Fadiga

 

As gestantes, crianças e pessoas infectadas pela primeira vez estão sujeitas a maior gravidade da doença, principalmente por infecções pelo P. falciparum, que se não tratadas adequadamente e em tempo hábil, podem ser letais.

 

Qual o agente etiológico?

No Brasil existem três espécies de parasitas Plasmodium que afetam o ser humano: P. falciparumP. vivax e P. malariae. O mais agressivo é o P. falciparum, que se multiplica rapidamente na corrente sanguínea, destruindo de 2% a 25% do total de hemácias (glóbulos vermelhos) e provocando um quadro de anemia grave, além de pequenos coágulos que podem gerar problemas como tromboses e embolias em diversos órgãos do corpo. Por isso, a malária por P. falciparum é considerada uma emergência médica e o seu tratamento deve ser iniciado nas primeiras 24h do início da febre.

Já o P. Vivax, de modo geral, causa um tipo de malária mais branda, que não atinge mais do que 1% das hemácias, e é raramente mortal. No entanto, seu tratamento pode ser mais complicado, já que se aloja por mais tempo no fígado, dificultando sua eliminação. Além disso, pode haver diminuição do número de plaquetas, o que pode confundir esta infecção com outra doença bastante comum, a dengue, retardando o diagnóstico.

A doença provocada pela espécie P. malariae possui quadro clínico bem semelhante ao da malária causada pelo P. vivax. É possível que a pessoa acometida por este parasita tenha recaídas a longo prazo, podendo desenvolver a doença novamente anos mais tarde.

Vale ressaltar que no Brasil aproximadamente 90% da malária é causada pelo Plasmodium vivax.

 

Como é feito o diagnóstico?

Existem dois tipos de teste para confirmar o diagnóstico: o exame de lâmina e o teste rápido para malária.

O exame de lâmina é também chamado de gota espessa. Nesse exame, é feito um pequeno furo na ponta de um dos dedos do paciente para obter uma gota de sangue. A gota é analisada em microscópio em busca da presença do protozoário.

Já o teste rápido, é um exame de diagnóstico rápido que detecta proteínas liberadas pelos parasitos da malária (protozoário Plasmodium) no sangue do paciente. Ambos os testes são adequados para o diagnóstico e podem ser encontrados em unidades de saúde da região amazônica e serviços de referência.

O diagnóstico precoce tem como objetivo identificar a malária o mais rapidamente possível para reduzir o risco de complicações e conter a transmissão.

 

Como é realizado o tratamento?

O tratamento da malária é feito em regime ambulatorial, com comprimidos que são fornecidos gratuitamente em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Somente os casos graves deverão ser hospitalizados de imediato.

Para otimizar o trabalho dos profissionais de saúde e garantir a padronização dos procedimentos necessários para o tratamento da malária, o Guia de Tratamento da Malária no Brasil apresenta tabelas e quadros com todas as orientações relevantes sobre a indicação e uso dos antimaláricos preconizados no Brasil de acordo com a espécie parasitária, o grupo etário e o peso dos paciente

 

O que fazer para se prevenir?

Entre as principais medidas de prevenção individual da malária estão:

  • uso de mosquiteiros;
  • roupas que protejam pernas e braços;
  • telas em portas e janelas;
  • uso de repelentes

Já as medidas de prevenção coletiva contra malária são:

  • borrifação intradomiciliar;
  • uso de mosquiteiros;
  • drenagem;
  • pequenas obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor;
  • aterro;
  • limpeza das margens dos criadouros;
  • modificação do fluxo da água;
  • controle da vegetação aquática;
  • melhoramento da moradia e das condições de trabalho;
  • uso racional da terra.